Pessoas que me irritam III - A máscara da hipocrisia

Cresci a ouvir dizer que o Michael Jackson era um traidor da sua própria raça por ter mudado a cor da sua pele. Era um hipócrita porque cantava "It don't matter if you're black or white" ao mesmo tempo que mudava a sua cor. E depois começei a perceber que as pessoas que o criticavam é que davam demasiada importância à cor da pele dos outros. É a cor da pele que define uma raça? É a raça que define a pessoa? (->É a cor da pele que define a pessoa?).

Eu vejo gente que, no Verão, muda a sua cor de branco para laranja ou castanho. Passam horas ao sol para mudar de cor. E até no solário. Devem estar a renegar a sua raça ariana, quereis ver? Hipócritas de merda. Detesto gente hipócrita.
E vai-se a ver e afinal o senhor tinha era uma doença chamada vitiligo.

E eu juro que me vou passar da próxima vez que me disserem, em tom de drama-tragédia-horror, que eu tenho de ir apanhar sol porque estou tão branca (que horror, estou com a cor com que nasci e da qual gosto muito, vou já para a praia para fazer a vontade às pessoas).

Concluindo, que cada um faça com o seu corpo aquilo que bem entender, em paz. E sem hipocrisias. Implantes de silicone, coroas dentárias, branqueamento e despigmentação da pele, auto-bronzeamento, lipoaspiração, mudança da cor de cabelo, whatever...

o uso-abuso do Photoshop

- Usar o PS para corrigir a pele (sinais, manchas, brilho...): OK;
- Usar o PS para retirar rugas: Mais ou menos OK, dependendo do quão parvas eles acham que as pessoas são para acreditar que aquilo é mesmo assim;
- Usar o PS para mudar as as feições da pessoa: NOT OK (seriously fucked up).

A gaja da foto é a Cameron Diaz.

Pessoas que me irritam II - Os valetes do volante

Aqueles condutores armados ao pingarelho que mais depressa páram para deixar passar outros carros (sem que tenham obrigação de ceder passagem), do que páram para deixar passar peões na passadeira.
!!!
A coisa torna-se pior para os meus nervos quando eu vou nesse carro e quando a coisa se repete um dia e outro e outro.

Não gostas, não comes!

Anda por aí muita gente a falar mal do novo álbum de Placebo. Até aqui tudo bem, gostos são gostos. E já dizia a outra, "se não gostas é porque não percebes". Agora eu é que não percebo como é que, ao mesmo tempo, essa mesma gente anda histérica com o concerto deles no Alive a 10 de Julho. Será para ouvir as músicas que tanto desdenham ou para ver as patilhas do Brian e a pala do Stef e as tatuagens do Steve?!

Direitos de autor e fontes

Há pessoas que têm blogues e se preocupam com os tão afamados direitos de autor e aquela coisa das fontes. Então, quando colocam uma imagem num post têm o cuidado de escrever uma notinha a dizer "Imagem retirada da net" ou "Imagem: google".

Ainda me hão-de explicar qual é a lógica. Tá bem que dá um Je ne sais quoi à coisa, mas continuo sem perceber qual é a pertinência. É parvo, pronto.

Que falta de sopa

Vai uma pessoa toda finesse almoçar às 14:30 e chega ao bar e já não há sopa. Decide baixar na finesse e comer uma bucha de queijo e fiambre. Eis quando avista um ser a mandar uma pastilha elástica para a bocarra e a partir daí foi o descalabro. A jovem mastigava com a boca aberta e à sostra
E a pessoa fica a pensar que mais valia ter levado o farnel de casa e ficar enclausurada na secretária a almoçar em vez de se armar em finesse e ir comer uma sopinha às 14:30 e ter de levar com aquilo. Que falta de chá. What was seen cannot been unseen. Fear.
E que falta de sopa.

Pessoas que me irritam I - Santos da casa não fazem milagres ou a galinha da vizinha é sempre melhor que a minha ou a eterna insatisfação

Tenho para mim que se as pessoas começassem a ser mais gratas pelo que têm em vez de viver a pensar no passado ou a sonhar com o futuro, era mais felizes no presente. Não se trata de amochar e dizer amen a tudo o que a vida dá, mas deixar o papel de vítima e começar a plantar, em solo rico, o que se quer colher no futuro. Não é com ingratidão que se o consegue. Não é a achar que a relva é sempre mais verde nos outros sítios. "Na Alemanha é que é" ou "Os amigos de Erasmus é que são fixe" ou "A minha vida é uma merda" é o tipo de atitude que[].

[o resto da frase foi censurada]

O direito a não usufruir de determinados direitos

Sim, eu já sei que se lutou muito pelo direito ao voto. Mas eu prescindo do meu direito a votar enquanto eu bem entender. Tenho esse direito.
E não venham cá com merdas de que, seu eu não votar não tenho o direito a criticar. LOL! Tenho o direito a criticar, sim. Ou o facto de prescindir de um direito faz com que perca o direito à liberdade de expressão? Por acaso só temos direito a criticar aquilo para que contribuímos directamente? I don't think so.
Por isso, eu não vou votar e provavelmente vou continuar a mandar postas de pescada sobre a política e sobre os políticos e essa corja toda. Venha daí a PIDE dizer-me que eu não posso .
Eu é que ainda não inventei uma tacada bué de inteligente para responder quando me dizem "não vais votar?? Mas devias!!" ou então "Depois não tens direito de criticar", mas um dia ela há-de vir até mim.

Coisas que me irritam I - Amigos e "amigos"

Nem sempre é fácil ouvir as verdades. Mas geralmente são os amigos (porque são amigos e porque nos conhecem a sério) que as dizem. Há aqueles amigos que, se se justificar (ou nem sempre) nos dizem "olha vai te foder, 'tás com PMS ou quê?!" ou então nos dedicam umas boas horas (não seguidas) a aturar-nos os dramas e a tentar fazer com que nos sintamos melhor. Há amigos que não estão sempre cá, por circusntâncias da vida, ficam sempre lá e nunca cá. Mas continuam com o estatuto de amigo. São aqueles que ficam em stand-by mas sabemos que o botãozinho do on ainda está funcional. Depois há aqueles que se escondem por trás das circunstâncias da vida para adiar eternamente aquele café, aquele jantar, aquele ombro. Ora pois, estes são os "amigos", aqueles que não nos perguntam se estamos bem, se estamos melhor, se qualquer coisa. Mas ainda sentem a obrigação de mandar a sms no Natal ou nos anos (?!?!).
Da mesma maneira que deixamos de apreciar esta ou aquela banda, esta ou aquela maneira de vestir, também os amigos se transformam em "amigos" e assim se vão perdendo pessoas que um dia foram importantes para nós e connosco partilharam uns bons anos. Há que reciclar, separar o trigo do joio. Há tempos falava com uma amiga de que, com a idade, nos vamos tornando mais exigentes com as pessoas. Mais que isso, abrimos os olhos e deixamos de nos enganar a nós próprios e temos a coragem de aceitar que aquele amigo tornou-se neste "amigo". Custa, mas é preciso let go. Não por eles, mas por nós!
Portanto, acho de bom tom e bastante sensato que os "amigos", aqueles que só mandam a sms da praxe nos anos e no Natal (um ano tem 365 dias), deixem de o fazer. Já não acredito em palavras ocas, tornam-se até um insulto para a minha pessoa e, convenhamos, fica ridículo. Não acredito em meios-amigos nem em amigos de circunstância. E aquela musiquinha do "amigos para siempre" é muito bonita mas lets face it, let go...

Sobre este blogue

Entrevistador fictício: Porquê um blogue de Escárnio e Maldizer?

Cascavel: Porque com tanta coisa irritante que anda por aí, tornou-se frustrante desabafar no Twitter ou no MSN. Porque assim, aqui, fica tudo organizadinho, tudo direitinho. Para mais tarde recordar.

EF: Mas tem a mania das arrumações?

C: Não, mas tenho a Pvta Da Mania.

EF: Estou a ver que sim. Este blogue é só mesmo para dizer mal?

C: Basicamente, sim. Seja para falar mal do Bush ou gozar com a vizinha do lado.
E aviso já que os comentários têm moderação, aqui há censura!

EF: Censura??? MAS você






(O resto desta entrevista foi censurada.)