Coisas que me irritam I - Amigos e "amigos"

Nem sempre é fácil ouvir as verdades. Mas geralmente são os amigos (porque são amigos e porque nos conhecem a sério) que as dizem. Há aqueles amigos que, se se justificar (ou nem sempre) nos dizem "olha vai te foder, 'tás com PMS ou quê?!" ou então nos dedicam umas boas horas (não seguidas) a aturar-nos os dramas e a tentar fazer com que nos sintamos melhor. Há amigos que não estão sempre , por circusntâncias da vida, ficam sempre e nunca . Mas continuam com o estatuto de amigo. São aqueles que ficam em stand-by mas sabemos que o botãozinho do on ainda está funcional. Depois há aqueles que se escondem por trás das circunstâncias da vida para adiar eternamente aquele café, aquele jantar, aquele ombro. Ora pois, estes são os "amigos", aqueles que não nos perguntam se estamos bem, se estamos melhor, se qualquer coisa. Mas ainda sentem a obrigação de mandar a sms no Natal ou nos anos (?!?!).
Da mesma maneira que deixamos de apreciar esta ou aquela banda, esta ou aquela maneira de vestir, também os amigos se transformam em "amigos" e assim se vão perdendo pessoas que um dia foram importantes para nós e connosco partilharam uns bons anos. Há que reciclar, separar o trigo do joio. Há tempos falava com uma amiga de que, com a idade, nos vamos tornando mais exigentes com as pessoas. Mais que isso, abrimos os olhos e deixamos de nos enganar a nós próprios e temos a coragem de aceitar que aquele amigo tornou-se neste "amigo". Custa, mas é preciso let go. Não por eles, mas por nós!
Portanto, acho de bom tom e bastante sensato que os "amigos", aqueles que só mandam a sms da praxe nos anos e no Natal (um ano tem 365 dias), deixem de o fazer. Já não acredito em palavras ocas, tornam-se até um insulto para a minha pessoa e, convenhamos, fica ridículo. Não acredito em meios-amigos nem em amigos de circunstância. E aquela musiquinha do "amigos para siempre" é muito bonita mas lets face it, let go...