Why (still) bother?

No dia 24 de Junho recebi uma sms do meu pai a dar-me os parabéns. Só falhou 1 dia e 1 mês e a maneira como o fez, de resto quase que acertava no meu dia de anos.

Seriously... o que importa é mesmo a intenção??

A minha alma sofreu um acidente

Andava inquieta e resolvi fazer-me à estrada à procura de um novo caminho que me fizesse realmente feliz. Não foi muito difícil encontrá-lo porque no fundo sempre soube qual era. Só nunca tinha tido coragem de o admitir. Mas o velho caminho, para mim, não dá.
Esbarrei-me com a realidade de que tenho de voltar muito atrás. Tenho a alma toda empenada, o cinto de segurança que não me deixa voar. Ainda estou atordoada e o veículo não quer andar. Está em ponto morto e eu queria ir já a alta velocidade. A estrada não deixa, é demasiado tortuosa e o veículo parece que tem a caixa das velocidades avariadas. Mas eu tenho que andar, nem que seja no velho caminho.

E aqui estou, com voltade de (me) voltar a conduzir, mas com medo de me espetar e de não aguentar fazer uma viagem tão desconhecida e longa. Estou parada no meio da estrada, sem saber o que fazer, sem força para pensar e talvez até a empatar o caminho de mais alguém. Só quero que me tirem daqui, com cuidado, e me voltem a colocar na estrada. Mesmo que os estilhaços deste violento acidente acabem por acertar em quem não tem culpa nenhuma. Costumam ser assim alguns acidentes... E eu sou a culpada por este. Porque nunca tinha tido coragem de me fazer à minha estrada e mudar de rumo quando era mais fácil. "Não sei por onde vou / Não sei para onde vou / Sei que não vou por aí!" sempre foi confortável, mas demasiado perigoso. Mas numa coisa ele continua a ter razão: "A minha vida é um vendaval que se soltou / É uma onda que se alevantou / É um átomo a mais que se animou..."